Folha retoma os trabalhos da presidência da Câmara de Palmas e fala sobre operação Jogo Limpo

por DICOM publicado 09/08/2018 13h25, última modificação 10/08/2018 09h16

O presidente da Câmara de Palmas, vereador José do Lago Folha Filho (PSD), pré-candidato a deputado estadual, falou na sessão ordinária desta quinta-feira, 9, sobre a investigação da Polícia Civil na operação Jogo Limpo. Durante seu discurso o parlamentar se emocionou e recebeu o apoio dos pares vereadores e do público que assistia à sessão.

Antes mesmo de começar sua fala no plenário, Folha foi defendido pelo vereador Milton Neris (Progressistas), que apontou os excessos ocorridos durante a operação. “Vossa excelência é um homem público e está sujeito a quaisquer questionamentos. O que não posso concordar é com a forma como trataram o senhor e este parlamento. A Fundesportes, cujo secretário também é investigado, não foi exposta como a Câmara”, criticou Neris.

O vereador continuou sua fala questionando a necessidade do que ele chamou de espetáculo com os parlamentares investigados. “Não entendo por que o presidente desta Casa teve que usar roupa de presidiário e ser exposto para a imprensa da forma que aconteceu. A polícia deve apurar os fatos e cumprir todo o processo legal. Não defendo o que é errado eu defendo esta Casa e este parlamento não está sob investigação”, continuou Neris.

Em seu discurso, Folha falou sobre a investigação e ressaltou que é inocente e que acredita que tudo será esclarecido. O presidente da Câmara afirmou que apoia o trabalho da polícia, que deve garantir o cumprimento da Lei e proporcionar segurança para a população. “A Justiça me deu a oportunidade de esclarecer as coisas e com certeza sairei mais fortalecido de tudo isso, muito mais forte do que entrei”, destacou.

Folha falou sobre sua trajetória até a vida pública e enfatizou que sempre foi uma pessoa humilde. “Fui torneiro mecânico, vendedor ambulante que trabalhou nas ruas, na praia. Escolhido pela população para representá-la neste parlamento. Esse é o trabalho que desenvolvi na minha vida, eles não conhecem a minha história”, pontuou.

O presidente da Casa se emocionou ao citar sua mãe. “Ontem quando falei com a minha mãe, ela me disse assim: Filho, eu sou suspeita para falar sobre você. Esses policiais não lhe conhecem, não sabem da sua história, eu acredito em você. Fique tranquilo que a mão de Deus é poderosa e a Justiça com certeza irá te inocentar”, relembrou.

O vereador Tiago Andrino (PSB) destacou que prejulgar uma pessoa é indevido e inconstitucional. “Cada pessoa ou instituição deve ter o direito de se defender e de não receber um prejulgamento”, afirmou. Já o vereador Gerson Alves (PSL) lembrou o papel de Folha junto à comunidade da região Norte. “Folha já tirou do próprio bolso para ajudar as pessoas das Arnos e digo isso porque já vi. Então eu acredito na boa índole e inocência de vossa excelência”.